AMARGURA
Olhar em pranto, coração sangrando,
Dor tão cruel a torturar-lhe os dias,
Em longa ausência ternas alegrias
Que vinham o seu viver alimentando.
Agora resta um opaco olhar chorando
Na vida infinda de melancolias,
Sofrendo inerte, atrozes tiranias
Dos dias tristes que se vão passando...
Já foi feliz, já teve em seu peito
A grande sensação, o casto efeito,
D’uma esperança doce que morreu.
Hoje lamenta, chora e muito sente,
A vã saudade, lembrança dolente,
Infausto amor, ardor que feneceu...
(Eglê Santos Machado)
05/02/1963
1 comentários:
Que belo soneto, Eglê!
Sua veia poética vem de muito tempo...
Parabéns amiga, que suas inspirações acompanhem você por muuuuuuuito tempo.
Abraços.
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