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sábado, julho 30, 2011

AMARGURA




AMARGURA


Olhar em pranto, coração sangrando,

Dor tão cruel a torturar-lhe os dias,

Em longa ausência ternas alegrias

Que vinham o seu viver alimentando.


Agora resta um opaco olhar chorando

Na vida infinda de melancolias,

Sofrendo inerte, atrozes tiranias

Dos dias tristes que se vão passando...


Já foi feliz, já teve em seu peito

A grande sensação, o casto efeito,

D’uma esperança doce que morreu.


Hoje lamenta, chora e muito sente,

A vã saudade, lembrança dolente,

Infausto amor, ardor que feneceu...


(Eglê Santos Machado)

05/02/1963

1 comentários:

TÂNIA SUZART ARTS disse...

Que belo soneto, Eglê!
Sua veia poética vem de muito tempo...
Parabéns amiga, que suas inspirações acompanhem você por muuuuuuuito tempo.
Abraços.