CULPA DE AMOR
Insensatez talvez, mas a verdade
É que meu sentimento nunca finda:
Quero esquecer-te e na realidade
Com devoção te amo mais ainda.
Sinto a grandeza desse amor, infinda
Em inquietante e sôfrega saudade,
Quero-te muito, muito mais ainda,
E esse querer me dá tranquilidade.
Quero esquecer-te e sinto o quanto custa!
Por sorte minha – inflição injusta,
Quero-te tanto e não sou amada.
Se o meu amor é luz, paz e pureza,
Se amar é culpa digo com franqueza:
Tenho ventura em parecer culpada!
Eglê S. Machado
20/06/1963
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